sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Ementa | Semana 3 a 7 de Fevereiro

Tal como prometido aqui fica a ementa para próxima semana.
Quando a elaborei tive em conta entre outras coisas:


- Os gostos lá de casa;
- A ementa do colégio da MF;
- Ter à segunda-feira um prato mais simples e rápido ou com algo que sobre de domingo. É o primeiro dia da semana, é o arranque, ainda não estamos em velocidade cruzeiro;
- Alternar carne e peixe;
- A sopa faço-a para 2 dias, por isso aparece a mesma sopa dois dias seguidos, mas fica à vossa consideração;
- Não aparecem sobremesas porque geralmente o que impera lá por casa é fruta, mas sempre que fizer um doce, publico posteriormente a receita.





Esta semana, ainda que não tenha feita ementa, programei de alguma forma e os resultados têm sido óptimos.
Ontem foi dia de coxas de frango assado com pimento vermelho, acompanhado por puré e para sobremesa umas pêras laminadas no forno.
E hoje vou fazer uns hambúrgueres caseiros de peru.

Vou publicando algumas receitas, mas se quiserem alguma em particular é só enviarem mensagem.

Bom Apetite!!!


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Restaurante Português - o melhor da Europa




Já em tempos escrevi um post acerca da Casa da Calçada (ver aqui), um boutique hotel lindíssimo, com uma decoração clássica e uma vista deslumbrante para o rio Tâmega.




A última vez que lá estive já foi depois desse post e foi em trabalho, ao que se juntou um delicioso almoço.
Bem, não é por acaso que o restaurante está de parabéns, além de ter uma estrela Michelin, foi recentemente eleito o melhor da Europa pelos utilizadores do European 50 Best Restaurants.


Tem tido excelentes chefes e o actual, Vitor Matos, é fantástico. 
Muitos Parabéns!!!






quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Organizar as refeições

Antes da MF e eu adoecermos tinha pensado no inicio do ano 2014 em começar a organizar semanalmente os jantares lá de casa.
Considero-me uma pessoa organizada, mas confesso que há dias em que chego ao final da tarde e não há nada descongelado, nada preparado ou "pré-preparado" e inventar com pouco, não é fácil, ainda que até tenha dado origem a alguns pratos bem interessantes (ver aqui e aqui) .
Mas quando somos só dois e ainda para mais adultos, as coisas são mais fáceis e práticas, mas com crianças já não é bem assim.
A MF já janta o mesmo que nós e como sabem mais uns meses e temos new baby lá em casa ;-). Não que vá jantar carne assada ou filetes de peixe, mas se a logística estiver implementada será bem mais fácil.
Do colégio da MF tenho sempre a ementa semanal, do que é o almoço, o que ajuda bastante a não repetir e a alternar pratos de carne e peixe.

Assim deixo-vos algumas dicas do que faço e vou passar a fazer, assim como, em breve, deixo a minha ementa semanal, se quiserem tirar umas ideias.
  • Costumava fazer sopa e congelava...assim havia sempre, mas confesso que o sabor não é o mesmo. Agora faço em quantidade que chegue para os 3, pelo menos em 2 jantares, uma vez que no frigorífico a sopa aguenta bem 2 dias;
  • Quando fizerem empadão (carne, pescada ou atum) façam já em maior quantidade, assim podem guardar porções individuais ou para dois no congelador e quando quiserem é só colocar a descongelar de um dia para outro;
  • O mesmo se aplica por exemplo carne assada, dá sempre para congelar uma parte;
  • Se fizer frango assado faça em maior quantidade, o que sobrar pode ser desfiado e dá para fazer uma salada com massa, ovo e legumes no dia seguinte;
  • Reserve uma refeição ao fim de semana (geralmente o domingo ao jantar), para fazer algo diferente e faça pizza ou umas sandes com os seus filhos em casa;
  • Se algum dia fizer peixe cozido, o que sobrar utilize para fazer algo no forno, com puré e uns legumes.
Estas são apenas algumas dicas, em breve regresso com a ementa semanal e receitas...

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Entrevistas | We're Family # 5

E para terminar esta série de entrevistas "We're Family" nada melhor que terminar com uma pessoa que admiro muito, que adoro e que sempre achei que iria ser e é uma óptima Mãe, a minha irmã.
Mãe da M com 3 anos e do pequeno F com 3 meses é mulher, mãe, esposa, filha e irmã fantástica.

1. Foram duas gravidezes parecidas, ou completamente diferentes? 

Completamente diferentes, a primeira foi muito planeada e pensada, o que fez com que demorasse mais tempo a acontecer. Estive algum tempo sem conseguir engravidar e quando aconteceu nem queria acreditar, mas a partir desse momento considero que passei uma das fases mais saudáveis da minha vida. Adorei estar grávida, atravessava a rua e empinava a barriga para que todos vissem… Quando cheguei às 39 semanas ainda me sentia com forças para aguentar mais uns meses… Já do F. foi bem diferente, primeiro engravidei da primeira tentativa, o que foi realmente inesperado, dado o meu historial… depois começaram os enjoos, meu Deus!!! Tudo o que me diziam que achava impossível, aconteceu… andava sempre enjoada… não tinha uma barriga muito grande (talvez das  poucas semelhanças com a primeira gravidez), mas muito cedo comecei a sentir-me cansada e sofri bastante com a tão conhecida “azia” que todos dizem ser mais intensa nos últimos meses… Posso-vos dizer que a minha começou assim que os enjoos abrandaram, 3 meses e qualquer coisa e só terminou no dia em que o F. nasceu.


2. Quando e como explicaste à M. que iria ter um irmão?

Não fui eu que lhe disse, ela adivinhou… Um dia estava a vestir a M. e sem querer deu-me 
um pontapé e imediatamente pediu-me desculpa e fez um mimo na barriga acompanhada 
das palavras “tens aí um bebé, desculpa”… Fiquei “assustada” mas a partir das 12 semanas e assim que soube que tudo estava bem contei à M. que ela iria ter um irmão ou uma irmã. Há muita gente que diz que não se deve fazer devido à ansiedade criada à criança, felizmente a M. reagiu muito bem e acompanhou de forma tranquila a gravidez…

3. Ao longo dos 9 meses foste preparando-a para a vinda de mais um membro na família? 
Como?

A M. passou a fazer parte de todas as minhas rotinas enquanto grávida, desde a colocação 
do creme na barriga (era a M. que espalhava e falava com o bebé) até à participação numa consulta com ecografia. Nunca mais me esqueço que a primeira vez que viu uma ecografia disse que aquele não era o bebé, mas sim um gato… A M. teve participação activa na escolha do nome, na decoração do quarto, na compra de alguns objectos, entre outras coisas. 

4. Como foi o dia do nascimento? Como reagiu a M?

A M. já estava na escola por isso só chegou à noite quando o F. já tinha nascido. Recordo-me que vinha na maca com o F. no colo e a M. estava no colo do pai e olhou para mim de uma forma, que jamais esquecerei… Medo, ciúme e muita confusão… eram os sentimentos que transpareciam naqueles olhinhos castanhos… Mais do que o irmão estar no meu colo, acho que o facto de a mãe estar deitada e “imobilizada” a deixou petrificada e com medo… Não veio ao meu colo, não sorriu, nem quis estar perto de mim… 
Tudo mudou quando lhe expliquei que estava bem e me sentei mostrando-lhe que era a 
mesma mãe. De um momento para o outro tudo mudou e a M. voltou a ser a menina agitada e meiga de sempre. Nessa noite dormiu com a mãe e até ajudou a dar o biberão ao F. 

5. Deixavas a M. participar em alguma tarefa relacionada com o irmão?

Sim. Banho, muda de fraldas e em algumas alturas segura no biberão. 

6. Em que altura arranjava tempo para dedicar em exclusivo à M?

Sempre que posso deixo ficar o F. com alguém e vou buscar a M. à escola. Nessa altura vamos lanchar as duas e vamos às compras. Sempre que o F. está a dormir (preferencialmente ao fim de semana) brinco com a M.

7. Momento mais complicado, mais difícil de gerir (durante gravidez, ou depois do 
nascimento)

Durante a gravidez recordo apenas os momentos de maior enjoo ou desconforto e em que 
tinha de ter energia para brincar e estar com a M. quando na realidade só me apetecia 
descansar… 
Após o nascimento quando um fica doente é terrível, pois passo muito tempo sozinha com os dois e é mais complicado repartir os únicos dois braços que tenho… Às vezes sonho que sou um polvo e consigo fazer tudo :-) .

8. Como é hoje em dia o relacionamento entre os dois irmãos?

Muito saudável, a M. adora o irmão e poder tomar conta dele… Repete constantemente “sou a irmã mais velha” e por isso vou-te ajudar. 
O F. tem apenas 3 meses mas é imediata a sua reacção quando a irmã chega e fala…

9. E o amor pelos filhos reparte-se ou multiplica-se?

As duas coisas… O amor que temos reparte-se por dois, mas como cada dia que passa 
gostamos mais dos nossos filhos, então esse amor também se multiplica… 
Antes do F. nascer olhava para a M. e pensava, “nunca vou conseguir gostar tanto de outro 
filho como gosto de ti…” No entanto, e a partir do momento em que o F. nasceu percebemos que temos capacidade de amar da mesma forma, e quantos mais filhos fossem, a verdade é que o amor iria ser sempre enorme e de uma dimensão inexplicável.

10. Alguma dica para Mães de segunda viagem, não só relativamente à gravidez, como também à preparação do primeiro filho?

A naturalidade e a transparência parecem-me as boas opções… Relativamente ao filho mais velho, considero que é importante conversarmos com ele, para que entenda que algumas mudanças serão introduzidas na família (tendo-se em conta a idade da criança). Penso que cada mãe conhece bem o seu filho e por isso melhor do que ninguém saberá qual a melhor forma de conversar com ele e de partilhar com ele os novos acontecimentos. Quanto à gravidez, a experiência anterior ajuda apenas no reconhecimento de alguns sintomas e sinas, pois no restante, na minha opinião, nada muda… as ansiedades e receios são exactamente as mesmas. Estejam bem informadas mas não em demasia, o suficiente para poderem viver esta fase de forma tranquila e saudável. 

Obrigada minha querida!!!




segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

É assim que estou...

Tenho andado ausente, a escrever pouco, mas não que tenha desistido, claro que não. Infelizmente também não é por estar de férias, também não, mas porque tenho estado doente.
Doente sem ir trabalhar, doente na cama, doente sem quase estar com a MF e o J (que tem sido um querido marido), doente a antibióticos e claro preocupada com a Sementinha (como lhe chamo e como já chamava à MF quando estava na minha barriga e ainda não tinha decidido o nome).
Por vezes achamos que já estamos óptima e facilitamos, esta coisa de ter que cumprir com todos os compromissos que tenho, fazem com que abuse, mesmo sem querer e depois dá nisto, ainda não recuperei e no limite tive que ser medicada.
O tempo não ajuda e se já estava "fartinha" de chuva e frio, agora confesso que nem olho lá para fora para não desmoralizar, fico-me pelo conforto do lar, resguardada e com a esperança de que tudo isto passe num ápice, frio, chuva, vírus, antibióticos e num instante eu o J, a MF e a minha barriguinha possamos fazer uns piqueniques ao ar livre, passear junto à praia, ir a uma esplanada, ou simplesmente sentir o calorzinho bom e o aconchego de dias mais solarengos.



quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Entrevista | We're family # 4

Tenho adorado fazer as entrevistas a Mães com 2 filhos, tenho lido, relido e retirado conselhos das experiências vividas por cada das minhas entrevistadas.
Estou muito feliz com a minha gravidez, ainda que com esta gripe, tenho tentado desfrutar da melhor forma da barriguinha que começa a crescer e das imagens que vou vendo nas ecografias que faço.
Mas se a opinião e os conselhos de uma Mãe são importantes, os de um Pai também o são e muito. Assim convidei o João Moreira Pinto, marido, Pai, cirurgião pediátrico, professor universitário, investigador e autor do blogue E os filhos dos outros.



Pai do João Maria com quase 4 a nos e do Manuel Maria com 1 ano,o João sempre muito ocupado, como devem imaginar, mas ainda assim arranjou um tempinho e respondeu às minhas questões. Obrigada João.

1. Ainda que seja a Mãe que está nove meses grávida, o papel do Pai é também muito importante durante este período. Para si, o seu papel enquanto Pai e enquanto marido foi muito diferente numa e noutra gravidez?

Muito diferente, não diria. A segunda gravidez foi vivida com mais calma. Apesar de já estar na minha formação para cirurgião pediátrico, a primeira gravidez fora vivida em grande sobressalto, porque tudo é novo. Na segunda, as visitas ao obstetra foram mais serenas, porque já tínhamos passado por tudo aquilo uma vez. Para além disso, nesta gravidez, eu e a Mãe tínhamos uma situação profissional mais estável, o que terá contribuído também para uma maior 'descomplicação'.

2. Quando e como explicou ao João Maria, que iria ter um irmão?

Julgo que foi a primeira pessoa a saber. Eu e a Mãe estávamos em pulgas, mas fizemos questão de estarmos os dois. Agora que olho para trás, acho que ele não ligou muito. Só quando percebeu a barriga da Mãe a crescer, é que foi tomando consciência do que aí vinha.

3. Ao longo dos 9 meses foi o João que o preparou para a vinda de mais um membro na família? Como?

Foi tudo muito natural. Não fizemos da vinda do novo irmão, um bicho de sete cabeças. O JM tinha 2 anos e uma super-dependência dos pais, própria dessa idade. Assim, acompanhou cada passo da preparação da vinda do irmão: o rearranjo do quarto (ele passou para uma cama-gavetão, «a cama com rodas», o que lhe dava uma ar mais importante), a lavagem das roupinhas que antigamente lhe pertenciam, a reciclagem de alguns brinquedos que ele tinha 'encostado', etc. Em cada passo do processo, o JM ajudava (sempre foi muito prestável). Quando nasceu, continuou a ajudar. Ainda hoje, sente muita responsabilidade pelo bem-estar do irmão.

4. Como foi o dia do nascimento? Como reagiu o João Maria?

O MM nasceu e precisou de ficar ventilado 2 dias, na unidade de cuidados intensivos. Para os pais, foi um filme de terror. O JM foi recambiado para casa dos avós. Veio visitar a Mãe no dia seguinte, mas não podia entrar na unidade de cuidados intensivos.
Não o viu até ele ir para casa, porque o MM estava «a nascer devagariiiinho» (foi essa a sua leitura da explicação que lhe demos, na altura).

5. Participou em alguma tarefa relacionada com o irmão?

Como disse em cima, participou em tudo. Chegou a ir a algumas consultas no obstetra...

6. Tinha e tem momentos dedicados exclusivamente ao João Maria?

Sim. É inevitável. Têm gostos e brincadeiras muito diferentes. É raro conseguir dar atenção aos dois em simultâneo. Para compensar criamos os tempos do 'filho único' que são uma óptima desculpa para fugirmos de casa os dois.

7. Momento mais complicado, mais difícil de gerir com o João Maria?

Os ganchos apertados que o JM aplica ao pequeno irmão quase o sufocam. Diz que são abracinhos, mas mais parece um lutador de wrestling...

8. Como é hoje em dia o relacionamento entre os dois irmãos?

Hoje, o MM tem um ano e o JM fará em breve 4. O MM gosta de se sentar a ver as palermices do irmão. JM devolve algumas gracinhas. Mas não diriam que brincam juntos. O JM é o mais velho e desempanha esse papel com grande responsabilidade.

9. E o amor pelos filhos reparte-se ou multiplica-se?

O Amor não se mede aos palmos. Vive-se. Vive-se com e por cada um dos filhos que temos. O Amor é uma bênção.

10. Alguma dica para Pais que se preparem para a vinda de mais um filho?

'Descompliquem'. Aliás, como em tudo que diz respeito às crianças, o importante é não complicar. As coisas surgem naturalmente. Em casa, vivem todos, pelo que é natural que todos recebam o novo elemento e o acolham da melhor forma que sabem e podem. Havia uma teoria antiga que dizia que se deveria retirar todo o afecto ao irmão mais velho, para que ele não estranhasse a vinda do bebé. Havia coisa mais anti-
natura do que pedir isso a um Pai ou a uma Mãe?

Obrigada João!!!



quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A não perder...

O DePantufas é um espaço para crianças a partir dos 2 anos. Um local giro, divertido e muito bem gerido pela Maria Teresa.
Vale a pena visitar aqui e no local, na Travessa das Campinas, 41 Porto.

A Maria Teresa além de ser uma querida tem também umas ideias para lá de giras e diferentes, pelo que se tornam muito atractivas e com toda a certeza todos vão adorar.

Em parceria com a Proparental vai realizar um workshop sobre birras já no próximo dia 15 de Fevereiro.



"O workshop "Disciplina e Limites: Kit Anti-Birras" está indicado para todos os que lidam com crianças, sendo pais, educadores, avós, etc..., que queriam desenvolver uma relação de empatia, verdade e responsabilidade com as Crianças. Está  também direccionado para todas as faixas etárias das crianças. Existem vários caminhos para a "meta" cada um deve definir qual o seu melhor percurso, ciente que "comportamento gera comportamento" e que as crianças são SURPREENDENTES!!"

E têm também uma sessão de esclarecimento acerca da "Febre na Criança - Como Actuar" - das 12h30 às 13h30 - Poderá esclarecer as suas dúvidas sobre o que é a febre, como administrar correctamente os antipiréticos, quando recorrer ao serviço de urgência, como actuar perante um episódio de convulsão.

Inscrição Individual: 20,00€
Inscrição Dupla: 30,00€

Formadoras:
Bárbara Rebelo - Enfermeira especialista em saúde Infantil e Pediatria; Mestrado em Saúde Infantil e Pediatria; Especialidade em educação Social; Formação em Coaching Familiar. Área de interesse: Parentalidade Positiva.
Paula Marques - Enfermaria especialista em Saúde Infantil e Pediatria; a frequentar o Mestrado em saúde Infantil e Pediatria, Formação em Coaching Familiar.

Tanta dúvida que poderão esclarecer e ainda para mais num espaço tão giro.
Save the date e inscrevam-se, é já dia 15 de Fevereiro, sábado.
Para mais informações ver aqui e aqui.


terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Entrevista | We're family # 3

Conheci a minha próxima entrevistada por acaso, quando fazíamos as duas compras para os nossos filhos e confesso que simpatizei logo com ela.
A Cristina Soares Pereira é autora do blogue Mãe das 5 às 8 e Mãe da Maria Leonor com 6 anos e do João Pedro com 21 meses.
Mais uma vez após ter feito o convite para participar nesta nova rubrica de entrevistas, a minha convidada também não hesitou e prontificou-se a responder a todas as questões.


1. Foram duas gravidezes parecidas, ou completamente diferentes?

Foram ambas vividas com muita intensidade pois foram gravidezes planeadas e desejadas. Se por um lado a primeira gravidez foi vivida com a emoção de ser o nosso primeiro filho, por outro a segunda foi a emoção de ser um rapaz. Claro que na primeira era tudo novo, vivemos um misto de emoção e receio e dúvida.
É verdade que na segunda, e após os três primeiros meses, estávamos bem mais tranquilos.
Enjoei imenso em ambas, desde o início quase quase até ao final. Ainda recordo às vezes que deixei o meu marido pendurado enquanto jantávamos num restaurante ou a viagem Porto/Algarve com paragens frequentes e sacos de plástico na mala. A grande vantagem: engordei muito pouco de ambas.
Apesar destes constrangimentos, em ambas é certo, adorei estar grávida!

2. Quando e como explicou à Maria Leonor que iria ter um irmão?

A Maria Leonor ficou a saber que estava grávida no dia da ecografia dos 3 meses e foi a primeira pessoa a sabe-lo. Aliás, foi ela a mensageira da notícia aos avós.
Tínhamos tido uma experiência dolorosa anteriormente e não quisemos dar-lhe falsas expectativas. Apesar de acharmos que uma gravidez se deve viver desde o primeiro momento com todos os que amamos, na gravidez do João Pedro fomos mais cautelosos.
Na altura ela tinha quase 4 anos. Tivemos uma conversa aberta com ela.
Explicamos que a mamã tinha na barriga um bebé e que iria ser o melhor amigo dela. Na altura quisemos que percebesse que aquele bebé seria uma bênção e não uma “ameaça”. Fiz um coração em cartolina vermelha, mostrei-lhe.
Expliquei-lhe que aquele era o meu coração. Peguei numa tesoura e cortei o coração ao meio. Dei-lhe uma das metades para a mão. Peguei na outra metade e cortei-a em duas partes iguais. A seguir expliquei-lhe que a metade que ela tinha na mão era a parte que lhe era destinada do coração da mãe e que as outras duas partes seriam para distribuir pelo mano e pelo pai. Claro que o objectivo foi que percebesse que a parte maior continuaria a ser sua. Hoje sabe que amo os três com a mesma intensidade e ela é a própria a exigir que assim seja.

3. Ao longo dos 9 meses foi preparando-a para a vinda de mais um membro na família? Como?

Sim. Envolvendo-a em quase tudo. Nas compras, na preparação do quarto – o dela que teria que ser partilhado -, nas idas às ecografias em 3D e, claro, na escolha do nome que deixamos que o fizesse. Felizmente tem bom gosto (risos).

4. Como foi o dia do nascimento? Como reagiu a Maria Leonor?

Foi um dia muito intenso. Tínhamos vivido muito recentemente uma grande perda e este bebé era a esperança de toda a família. Vê-lo nascer – tão pequeno, tão terno, tão delicado – foi um momento indescritível. O parto da Maria Leonor não foi um parto propriamente fácil e vivi-o mais dolorosamente, já o parto do João Pedro foi muito fácil e vivido por isso mais intensamente.
Eu fiquei óptima logo após as duas horas e por isso a Maria Leonor quando me viu ficou mais tranquila. Recebeu o irmão com muito entusiasmo e curiosidade.
Ficou felicíssima com o presente que ele lhe tinha trazido (a inocência é linda!).
Visitava-me todos os dias no hospital, queria-o só para ela e era extremamente cuidadosa. Estava feliz!
O único problema era às 8 da noite quando tinha que sair do hospital. Não queria deixar a mãe e o mano, queria-os em casa com ela e o pai. Era a filha a chorar pelo corredor e a mãe a sufocar o choro no quarto.

5. Deixava-a participar em alguma tarefa relacionada com o irmão?

Em imensas. Nas mudas de fralda, nos banhos (desde os primeiros banhos em casa). Ainda hoje o João Pedro adora que seja a irmã a colocar-lhe o creme no corpo pois desde muito pequeno se habitou àquelas mãos minúsculas a massajá-lo. Ela escolhia a roupa para o irmão vestir, o melhor local para a guardar, etc… tentamos envolvê-la sempre o mais possível em tudo.

6. Em que altura arranjava tempo para dedicar em exclusivo à Maria Leonor?

Confesso que era a parte mais difícil… ainda hoje o é, provavelmente hoje até mais. O JP ainda é um bebé e por isso é menos independente, mas sei que ela precisa de mim, da minha atenção tenha 1, 6 ou 20 anos… uma mãe é para sempre! Notei que em determinada altura a ML se ligou mais ao pai e confesso que me ressenti mas foi uma fase, agora tudo está normal.

7. Momento mais complicado, mais difícil de gerir (durante gravidez, ou depois do nascimento).

Precisamente o dedicar atenção à ML quer durante a gravidez, porque nem sempre me sentia muito bem disposta, quer após a gravidez, porque era mais um que precisava da minha atenção. Tenho três amores muito dependentes desta mãe (risos), se por um lado é muito bom, por outro nem sempre consigo gerir tudo da melhor forma. Confesso hoje sou menos perfeccionista que há uns anos atrás… um dia de cada vez!

8. Como é hoje em dia o relacionamento entre os dois irmãos?

Excelente! São irmãos e está tudo dito, para o bom e para o menos bom.
Adoram-se e detestam-se. Têm momentos em que se vê que têm o maior e melhor dos sentimentos um pelo outro, em que se abraçam, se beijam, se protegem e são cúmplices; e têm momentos em que se beliscam, se acusam, não se suportam. Costumo dizer que a ML é o sol do JP pois mesmo num dia cinzento quando ela chega o dia para ele é de sol radiante; o JP é para a ML o bebé chorão e mimalho que a admira, a adora e a imita. É muito bom vê-los crescer juntos!

9. E o amor pelos filhos reparte-se ou multiplica-se?

Multiplica-se, confirmo! Na altura em que fiquei grávida do JP a minha grande dúvida era precisamente essa: “Como serei capaz de amar outra criança como amo a minha filha?”. Confesso que me angustiava este pensamento. Sentia-me por um lado a traí-la por ser capaz de pensar amar alguém de igual forma e por outro sentia que este pensamento era injusto para com o bebé que crescia dentro de mim e que não pediu para ser concebido.
Hoje digo-vos com total certeza. Amo-os aos dois e ponto. Aliás quando vi o João pela primeira vez e o peguei ao colo percebi que o amor não se esgota num filho, nem em dois, nem em três… um filho é sempre um filho e mãe é sempre mãe! 

10. Alguma dica para Mães de segunda viagem, não só relativamente à gravidez, como também à preparação do primeiro filho?

Acima de tudo "descompliquem"! Não pensem demasiado, sintam! Quando pensamos demasiado não agimos naturalmente e não deixamos o nosso instinto de mãe falar mais alto. Pensem sempre, que façam o que fizerem, o amor de um filho por nós não se esgota bem como o contrário, e se hoje não conseguimos ser a mãe, a mulher, a filha, a profissional que gostaríamos, vamos tentar fazê-lo amanhã, ou depois, ou depois. Ah mais uma coisa… chorar faz bem, por isso se tiverem que o fazer para aliviar façam-nos sem tabus e vergonhas! Não somos super mulheres!
Não vale a pena quereremos fazer igual. Se com o nascimento de um filho ajustes têm que ser feitos à vida do casal, não vamos pensar que com a chegada de um segundo filho tudo vai ficar igual na vida familiar. A chegada de um bebé obriga obviamente a ajustes, mas não significa que se perca com isso, pelo contrário. Se envolvermos a criança mais velha desde o início em tudo (ou quase) ele não vai ver o tempo que passamos juntos com o novo membro da família como ameaça. Brincar às casinhas também pode ser com um bebé de verdade ;)

Obrigada Cristina!!!


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

ahrrrr que nunca mais...

Adoro os fins de semana, feriados, férias, mas não doente ou com uma criança doente em casa.
Estive a semana quase toda por casa, primeiro porque a MF esteve doente, depois fui eu e pelos vistos continuo, porque isto de estar grávida e tomar medicamentos não é a melhor conjugação.
Mulher e grávida sofre, até numa constipação, que traz consigo muita tosse, dores de cabeça e muita falta de ar...é o caos para dormir, para descansar, para brincar com a MF, enfim para tudo.
Por aqui a vontade de fazer seja o que for é pouca nenhuma. Cancelei saídas, jantares e tudo o que implicasse muita confusão, ter que falar muito ou organizar o que quer que seja.
Estou cansada de ter o nariz entupido, de não respirar normalmente, do Inverno, do frio e da chuva, de estar em casa, dos cachecóis e casacos quentes; fico irritada, aborrecida e sem entusiasmo para nada.
Felizmente sei que isto há-de passar em breve (assim espero) e que dias de sol e sem nariz congestionado voltarão. Ahrrrr que nunca mais.... 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Uma doçura # 7

Pela primeira vez a minha doçura esteve doente :-(
Sempre disse que no dia em que não quisesse comer estava mesmo doente. Pois bem, aconteceu e ainda que já não tenha febre continua sem grande apetite.
Felizmente recuperou a sua vivacidade e as suas saídas fantásticas.
Já sabe onde está o bebé e faz festinhas na minha barriga, ainda que inicialmente dizia a toda gente que ela tinha um bebé na barriga.
De quando em vez lá me explica o que fez no colégio e fala-me de todos os amiguinhos, com o pormenor que sabe o primeiro e último nome de todos.
Já dou com ela, a cantar algumas canções que vê nos desenhos animados, pelo menos as terminações estão lá ;-)
Imita na perfeição as coreografias dos Caricas e a ginástica que o Sportacus ou a Stephanie de Vila Moleza fazem.
Delira com puzzles e já identifica a maioria dos animais e os sons que produzem.
Está a ficar cada vez mais menininha e vaidosa...já gosta de escolher algumas peças de roupa e claro adora tudo o que seja rosa e de princesas, não fosse ela a minha princesa doce.


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Entrevista | We're family # 2

Para esta segunda entrevista da "We're family" convidei a Filipa Cortez Faria. Já não é a primeira vez que a Filipa me responde a algumas questões e mais uma vez aceitou fazê-lo.
Na primeira entrevista (podem ver aqui e aqui), falou-nos de si, do seu blogue "My Happy Kids", hoje fala-nos do seu papel enquanto Mãe de duas crianças, o Salvador Maria (5 anos) e a Maria do Carmo, a Carminho (3 anos).



1. Foram duas gravidezes parecidas, ou completamente diferentes?

No geral foram muito semelhantes: enjoos desde muito cedo até aos 3-4 meses de
gravidez e senti-me no geral lindamente, a partir do momento em que os enjoos
pararam.

2. Quando e como explicou ao Salvador que iria ter uma irmã?

O Salvador só tinha 21 meses quando a Carminho nasceu e, por isso, ainda não tinha
mínima noção do que se estava a passar. A partir do momento em que a gravidez se começou a notar, dizia que a mamã tinha um bebé na barriga, que era uma menina e
que se ia chamar Carminho. Aos poucos o Salvador começou a interessar-se por ela e a
fazer perguntas.

3. Ao longo dos 9 meses foi preparando-o para a vinda de mais um membro na família? Como?

A preparação quase não existiu, foi tudo muito simples e autêntico. O Salvador ouvia
as minhas conversas acerca das coisas que precisava de comprar (roupas e acessórios)
e das alterações em casa. O quarto que era do Salvador até então ia ser o da Carminho
e o Salvador ia passar para um quarto maior. Esta foi talvez a maior mudança e a que o
Salvador mais sentiu nos primeiros tempos.

4. Como foi o dia do nascimento? Como reagiu o seu filho?

Tinha algumas dúvidas de como o Salvador iria reagir ao ver a mãe numa cama de
hospital, ligada ao soro, sem se poder levantar e com um bebé nos braços. Mas correu
lindamente. Lembro-me como se fosse hoje do momento em que o Salvador entrou
no quarto e do seu ar meio desinteressado. Fartou-se de brincar no quarto mas nunca
nos prestou muita atenção. Achou graça ir visitar a mãe e a irmã e até recebeu um
presente da Carminho. Eu ainda fiquei mais 2 dias no hospital.

5. Deixava-o participar em alguma tarefa relacionada com a irmã?

Sim, especialmente a parte de preparar as coisas para o banho e também ajudava a
vestir. Nas primeiras semanas notou-se alguns ciúmes e por vezes o Salvador passava
no berço e dava um encontrão ou apertava a mão ou o pé da Carminho quando ela
estava ao meu colo ou no colo do P. Aqui foi fundamental não o pôr de parte e em vez
disso deixá-lo participar ainda mais nas rotinas da Carminho.

6. Em que altura arranjava tempo para dedicar em exclusivo ao filho mais velho?

Em vários momentos ao longo do dia, sempre tentei não deixar o Salvador de parte.

7. Momento mais complicado, mais difícil de gerir (durante gravidez, ou depois do
nascimento)

O mais difícil foi há cerca de um ano/ano e meio, quando a Carminho passou a precisar
de mais atenção à hora de deitar e o Salvador não dispensava a minha presença. Não
foi fácil e este processo só se resolveu há bem pouco tempo.

8. Como é hoje em dia o relacionamento entre os dois irmãos?

Eles adoram-se, mas embirram imenso um com o outro. Um deles está sempre a
provocar o outro, mas quando um fica de castigo o outro vai logo em salvação. São
super cúmplices, muito provavelmente por causa da diferença muito pequena de
idade.

9. Alguma dica para Mães de segunda viagem, não só relativamente à gravidez, como
também à preparação do primeiro filho?

Nada muito em particular, mas essencialmente o facto do tempo passar ainda mais
a correr, por isso aproveitem! Ainda durante a gravidez é normal que fiquemos
mais cansadas porque já não podemos pura e simplesmente sentarmo-nos no sofá
e esticar as pernas, existe outro filho que precisa de muita atenção. No pós-parto
é fundamental que o filho mais velho continue a sentir-se especial e perceba que
existem vantagens em ser o mais velho, como de vez em quando sair sozinho com os
pais, só porque é mais crescido e há programas que não são para bebés.

10. E o amor pelos filhos reparte-se ou multiplica-se?

Multiplica-se, sem dúvida!! Adoro os meus dois filhos, são os meus amores, os meus
bens mais preciosos. São “a melhor coisa do mundo”!


Obrigada Filipa!!!


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Parabéns CR7

Não sei muito bem desde quando me lembro do Cristiano Ronaldo, sei que já lá vão muitos anos.
Já tive diferentes opiniões acerca dele, que oscilavam mediante o que se ía lendo e determinadas posturas e comportamentos que ele ía tendo.
Confesso que nem sempre achei o melhor dele, achei-o arrogante, com a mania, mas também já o achei altruísta.
Enfim já o caracterizei de diversas formas, mas há já algum tempo que a minha opinião, aquilo que leio e vejo tem sido constante relativamente aquele que é o melhor jogador do mundo.



O melhor jogador do mundo é um excelente profissional, dos mais empenhado e focados que alguma vez se viu;
O melhor jogador do mundo tem um coração grande e ajuda mais do que vemos e sabemos;
O melhor jogador do mundo é um homem, que veio miúdo para o continente, e ainda que com 11 anos soube sempre o queria e fez por merecer;
O melhor jogador do mundo também se emociona;
O melhor jogador do mundo leva o seu filho quando recebe um prémio e não tem problema em demonstrar o seu carinho por ele;
O melhor jogador do mundo está à altura de muitas provocações e não responde, nem começa bate-boca, apenas continua a ser ele mesmo, mantendo o seu estilo...essa é a melhor resposta;
O melhor jogador do mundo fez-me ficar com as lágrimas no olhos ontem;
O melhor jogador do mundo é português e eu sinto um enorme orgulho.

Parabéns Cristiano Ronaldo!!!